Progresso?

Desenho da bandeira brasileira dentro de um garimpo  no Amazônas


Quando se fala em economia em crescimento observamos nosso progresso nesses ultimos anos e nem sempre nos convencemos realmente. Mas estive na Amazônia e percorri 11.000 quilometros durante o mes de Setembro.Já  havia estado por lá umas oito vezes mas , desta vez ,algumas coisas me impressionaram. Quem andava a pé, de carona, de cavalo, carroça ou de "garimpeira " (PAU DE ARARA) atualmente anda de moto. Muitas e muitas motos de baixa cilindrada. Um verdadeiro enxame.
 E quem andava melhor, de carro, hoje tem sua bela pickup 4X4. Nunca ví tanta pickup 4X4 naquela região. Arriscaria palpitar que cerca de 60% dos veículos que trafegam pela Transamazônia atualmente são 4X4. A maioria com menos de 5 anos de uso.Não entendia porque isso não aconteceu anteriormente.Hoje posso justificar. Dinheiro, crédito e cultura 4X4 chegando onde realmente ela é necessária.Não posso deixar de lembrar uma conversa antiga com um , hoje, alto executivo da Mitsubishi.
Nessa conversa ele tentava me convencer que 4X4 no Brasil jamais teria futuro.Então eu tinha uma editora e publicava uma revista sobre 4X4. Tentava que eles, na época SR, transformadora de pickups Ford, anunciassem em minha revista.
Saí de lá sem crédito e sem anúncio, inseguro sobre meus ideais .

Além de motos e luxuosas 4X4, vi também coisas que não existiam anteriormente. Vilarejos tomando jeito de cidades,asfalto,agencias bancárias,ar condicionado,salada de alface,sinal de celular, wireless,moteis e pet -shops.Tudo isso mixado à velha falta de infra estrutura de higiene,nos serviços públicos,na prestação de serviços de maneira geral,e nas demais feridas que sangram no Norte do País há décadas.Desmatamento, trunculencia na conquista das terras, descaso e oportunismo com relação ao meio ambiente e às conquistas do poder.

Acho que economia em crescimento não é sinônimo absoluto de progresso. Ainda falta a outra palavra da frase de nossa bandeira.





Sem legenda
 



Onde há fumaça....
  

Cesar Benetti, Nelson de Almeida Filho e Luis Padovani, Pará

                        
Garimpo trabalhando atualmente.Apesar do estrago, dizem que só arranharam o chão até hoje.



Onde há ordem, há progresso.Casa da fazenda maior produtora de Cacau da Amazônia



"Rôto não é rasgado". A cultura vale sempre, por mais simples
 


Rascunho de produtos que podem garantir o futuro da mata em pé.





E aí José? Até quando?
 
 
Entardecer no Rio Tapajós