Magia dos Andes 2012-Patagônia-Carretera Austral

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Memórias de Interlagos



Interlagos, naquela época cheirava, em dias de corridas, a óleo de rícino com capim - gordura. Lembro e  ainda sinto o cheiro.Quem é desse tempo saberá o porque. O nosso portão de acesso, na verdade um rombo na cerca mau tratada de arame, próxima à ponte do Rio Pinheiros era a moldura que ambientava nossa grande ansiedade em ver o primeiro carrinho na Curva Tres. Sería um Malzone, um Gordini, Berlineta ou a carretera do Damiani?
 Uma olhada mais atenta para evitar algum policial à cavalo ao longe e a corridinha em meio às mamoneiras. Estávamos lá dentro, naquele templo, que mais parecia uma pista de Ralí. Buracos tampados no dia anterior ao treino, e faixas pintadas á mão com alguma mensagem das Baterias Heliar ou Radiadores Bongotti. Lá era nossa Disneylandia, nossa aventura de fim de semana.
A pista estreita era margeada por barrancos e muito mato. O som dos pequenos e valentes motores de tres, quatro cilindros entravam em ressonância entre reduzidas e esticadas criando o back -vocal da trilha sonora cujos tenores eram os Corvettes V/8 rugindo no velho retão. São Paulo de então era diferente. O trovoar das primeiras voltas rebombava, nos fundões da represa Billings. Nossa euforia era grande quando um Rabo - Quente encarava uma Alfa, Maseratti ou mesmo um Simca. Principalmente nas mãos de um iniciante chamado Emerson Fittipaldi, o irmão do Wilsinho.
Em meio às barbas-de bode encolhíamos as pernas, a centímetros da pista, para sentir, na descida do Sargento, o bafo quente das freadas  e medirmos, com gravetos, quem fazia a entrada de curva mais dentro do mato.
Lá vem os DKW, quartas e quintas filas se preparando para dar trabalho no miolo.Marinho, Valdomiro Pieski, Charles Marzanasco. Eram os únicos com tração dianteira. Bons de miolo!

 Já as carreteiras ganhavam distância nas primeiras voltas e iam quebrando ou cansando ante a instigante perseguição dos Gordinis e Berlinetas. Essas bailavam nos  contra-esterços do Pinheirinho e antigo "S" sob a batuta dos maestros de então.
Em Setembro tinha a Semana da Velocidade,para estreantes, novatos, baterias de Turismo e culminando com os 500 Quilometros, sòmente no anel externo, velocidade total para os padrões da época.

Piero e Zambello davam show entrando sòmente com tres rodas no chão com suas Julias.Voces devem se lembrar disso.
Luizinho, Bird, Lameirão, "Aguia", Carol Figueiredo, Lian Duarte,Jan Balder entre muitos outros. Jaime Silva, Cyro Cayres, Camilo Christófaro, Coyote,Pedro Victor Delamare, Avallone,Volante 13
A todos ,muito        obrigado !

Nosso olhar adolescente jamais  poderia esquecer o brilho daquelas tardes,e em nossa memória o soar dos motores que nos acompanhava mesmo em nosso sono cansado, dentro do ônibus, retornando à noitinha para casa.



Nelson de Almeida Filho



Enfim, com alguns de meus ídolos, da esquerda para direita, Luis Evandro "Aguia", Bird Clemente, Lian Abreu Duarte  - Ao fundo, Carol Figueiredo
Interlagos, Encontro dos pilotos da Velha Guarda - 21/11/2010 


Anisio Campos, o "mago", dentre outros, do Carcará.

Elísio Casado (preparador)Professor Carpinelli, Bird Clemente,Bruno Clemente, Anisio Campos,"Aguia", Vahe Asdhorian ,Lian Duarte,Rodrigo,Lito Cavalcante, Carol Figueiredo,Paulo Viscardi.

                         Interlagos, Encontro dos pilotos da Velha Guarda - 21/11/2010

Progresso?

Desenho da bandeira brasileira dentro de um garimpo  no Amazônas


Quando se fala em economia em crescimento observamos nosso progresso nesses ultimos anos e nem sempre nos convencemos realmente. Mas estive na Amazônia e percorri 11.000 quilometros durante o mes de Setembro.Já  havia estado por lá umas oito vezes mas , desta vez ,algumas coisas me impressionaram. Quem andava a pé, de carona, de cavalo, carroça ou de "garimpeira " (PAU DE ARARA) atualmente anda de moto. Muitas e muitas motos de baixa cilindrada. Um verdadeiro enxame.
 E quem andava melhor, de carro, hoje tem sua bela pickup 4X4. Nunca ví tanta pickup 4X4 naquela região. Arriscaria palpitar que cerca de 60% dos veículos que trafegam pela Transamazônia atualmente são 4X4. A maioria com menos de 5 anos de uso.Não entendia porque isso não aconteceu anteriormente.Hoje posso justificar. Dinheiro, crédito e cultura 4X4 chegando onde realmente ela é necessária.Não posso deixar de lembrar uma conversa antiga com um , hoje, alto executivo da Mitsubishi.
Nessa conversa ele tentava me convencer que 4X4 no Brasil jamais teria futuro.Então eu tinha uma editora e publicava uma revista sobre 4X4. Tentava que eles, na época SR, transformadora de pickups Ford, anunciassem em minha revista.
Saí de lá sem crédito e sem anúncio, inseguro sobre meus ideais .

Além de motos e luxuosas 4X4, vi também coisas que não existiam anteriormente. Vilarejos tomando jeito de cidades,asfalto,agencias bancárias,ar condicionado,salada de alface,sinal de celular, wireless,moteis e pet -shops.Tudo isso mixado à velha falta de infra estrutura de higiene,nos serviços públicos,na prestação de serviços de maneira geral,e nas demais feridas que sangram no Norte do País há décadas.Desmatamento, trunculencia na conquista das terras, descaso e oportunismo com relação ao meio ambiente e às conquistas do poder.

Acho que economia em crescimento não é sinônimo absoluto de progresso. Ainda falta a outra palavra da frase de nossa bandeira.





Sem legenda
 



Onde há fumaça....
  

Cesar Benetti, Nelson de Almeida Filho e Luis Padovani, Pará

                        
Garimpo trabalhando atualmente.Apesar do estrago, dizem que só arranharam o chão até hoje.



Onde há ordem, há progresso.Casa da fazenda maior produtora de Cacau da Amazônia



"Rôto não é rasgado". A cultura vale sempre, por mais simples
 


Rascunho de produtos que podem garantir o futuro da mata em pé.





E aí José? Até quando?
 
 
Entardecer no Rio Tapajós

"Dinossauros" Land Rover se reencontram em Brotas



Foi um dia histórico no qual  não faltaram  boas recordações e muita alegria.
No último fim de semana, 25/26/27 de Junho a Bearmach Brasil, distribuidora de peças Land Rover promoveu o I Encontro "Dinossauros" Land Rover, na verdade um reencontro de velhos amigos e ex- funcionários, fornecedores Land Rover do Brasil,um evento singular,que nasce com pinta de crescer e  repetir - se anualmente.

Mas porque um evento como esse foi organizado por uma ditribuidora de peças e não pela própria Land Rover ?


Bob Harrison e Nelson Garcêz,(Na foto com as esposas) titulares da Bearmach Brasil foram, junto com uma pequena equipe, na qual eu  tenho tive a honra de pertencer, pioneiros da marca no Brasil.
Essa equipe, formada pelos primeiros executivos ingleses e brasileiros, concessionários e fornecedores de serviços, na verdade foi a mais apaixonada e determinada e, na prática introduziu a marca e criou seu prestígio em nosso País.

Da esquerda para a direita:Claudio Romi Zanaga da Auto4,Luiz Fraga Moreira da Specialist,Milton Tesserolli da Landscape (RJ), Domênico Montalbano, da Experts 4x4,José Henrique Verginelli da Delphi,Caio Ferrari do Caféxpress,Ataliba da Primavera da Serra,
Marco Aurélio da Autostar,Ricardo Panessa da Agua Doce,Bob Harrison da Bearmach,Severino da Bearmach,Nelson de Almeida Filho do BORAC,,Filipe Macri de Almeida da by Evaldo,Ronald Fritz Koepke da Land-Ronald,Liam Brennam da MBI,Nelson Garcez da Bearmach e Sergio Miranda, ex Eurobike, acompanhados pelas esposas, namoradas e filhos. 

Essa paixão e a saudade dos velhos companheiros motivou a criação do encontro.
Na Fazenda Primavera da Serra o cenário natural , a pista 4X4 e a tela de projeção de vídeos criou um clima familiar e festivo, propício e próprio dos velhos encontros nacionais da marca.


Para visualizar mais fotos veja o link no Picasa

Se você é proprietário de um Land Rover  ou apaixonado pela marca e quer participar  dos encontros  entre em contato conosco.

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Alien Vs. Predador


Texto de autor desconhecido retirado da Internet Nos fala de uma realidade clara e presente nas  etiquetas  da maioria dos produtos que já consumimos há algum tempo, nos free shop, nas 25 de Março da vida, nos supermercados..
O Ocidente parece estar engolindo uma cobra que pode se transformar em um Alien futuro. Que o Brasil preserve suas indústrias, que por sí têm a vantagem dos anticorpos adquiridos na sua auto - preservação, sempre ameaçada pelos altos impostos do governo.Que os Direitos Humanos olhem e ajam. Se tiverem olhos para tal.



Voltei da China Impressionado!
Um determinado produto que o Brasil fabrica um milhão de unidades, uma só fábrica chinesa produz quarenta milhões... A qualidade já é equivalente. E a velocidade de reação é impressionante. Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas... Com preços que são uma fração dos praticados aqui. Uma das fábricas está de mudança para o interior, pois os salários da região onde está instalada estão altos demais: 100 dólares. Um operário brasileiro equivalente, ganha 300 dólares no mínimo que, acrescidos de impostos e benefícios, representam quase 600 dólares. Comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem praticamente zero benefícios...
Hora extra? Na China? Esqueça. O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego, que trabalha horas extras sabendo que nada vai receber... Essa é a armadilha chinesa. Que não é uma estratégia comercial, mas de poder. Os chineses estão tirando proveito da atitude dos marqueteiros ocidentais, que preferem terceirizar a produção e ficar com o que "agrega valor": A marca.
Dificilmente você adquire nas grandes redes dos Estados Unidos um produto feito nos Estados Unidos. É tudo "made in China", com rótulo estadunidense.
Empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e vendendo por centenas... Mesmo ao custo do fechamento de suas fábricas. É o que chamo de "estratégia preçonhenta". Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a China assimila as táticas para dominar no longo prazo. As grandes potências mercadológicas que fiquem com as marcas, o design... Os chineses ficarão com a produção, desmantelando aos poucos os parques industriais ocidentais. Em breve, por exemplo, não haverá mais fábricas de tênis pelo mundo. Só na China. Que então aumentará seus preços, produzindo um "choque da manufatura", como foi o do petróleo. E o mundo perceberá que reerguer suas fábricas terá custo proibitivo. Perceberá que tornou-se refém do dragão que ele mesmo alimentou. Dragão que aumentará ainda mais os preços, pois quem manda é ele, que tem fábricas, inventários e empregos...
Uma inversão de jogo que terá o impacto de uma bomba atômica... Chinesa. Nesse dia, os executivos "preçonhentos" tristemente olharão para os esqueletos de suas antigas fábricas, para os técnicos aposentados jogando bocha na esquina, para as sucatas de seus parques fabris desmontados. E lembrarão com saudades do tempo em que ganharam dinheiro comprando baratinho dos chineses e vendendo caro a seus conterrâneos... E então, entristecidos, abrirão suas marmitas e almoçarão suas marcas.

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Alemães já tinham jipes antes dos americanos




E eram revolucionários, com suspensão independente, bloqueio nos diferenciais e tração integral. O projeto inicial previa também direção nas quatro rodas mas esse sistema jamais entrou em produção. Foram fabricados pela  Stoewer , Hanomag e finalmente pela BMW. As empresas juntas produziram cerca de 7.500 veículos, de 1936 a 1940 com o nome
325 Leichter Einheits-Pkw . Tinham um motor 6 cilindros e uma autonomia de apenas 240 km. Atualmente se sabe de apenas uma unidade desses veículos que foi restaurada por um tal de Udo Beckmann, da cidade de Siegen.



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Pachamama nos cinemas

Em 2007 participei de uma incrível viagem pelo Peru e Bolivia dando apôio ao cineasta  Erik Rocha na realização de um documentário sobre o momento político daqueles países. O filme está pronto e nos cinemas de São Paulo e Rio.
Busque pelo nome "Pachamama" e vá assistir.
Em São Paulo , Cine Bombril, Espaço Unibanco e Unibanco Arteplex.


Uma viagem do cineasta ao Peru e à Bolívia, onde encontra a realidade de povos historicamente excluídos do processo político. A palavra "pachamama" – que dá título ao filme, significa para os indígenas andinos “mãe-terra” e designa a deusa agrária dos camponeses. No documentário, o cineasta Eryk Rocha, filho de Glauber Rocha, narra sua experiência pela floresta brasileira em direção à fronteira com Peru e Bolívia, onde encontra a realidade de povos que, pela primeira vez na história, buscam uma participação efetiva na construção do seu próprio destino. Foram 30 dias de filmagem divididos entre a realidade amazônica e a andina, revelando um continente em ebulição, perpassado pela cultura milenar andina, que irradia pelo continente sul-americano.
 (O Globo)

Assista o trailler:
Pachamama o filme      www.youtube.com/watch?v3oZdTHp5aQg

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